Home / Notícias Recentes / Emef Raposo Tavares debate violência doméstica e desconstrução do machismo
01 de Outrubro - No dia 27 de setembro, a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria da Mulher, promoveu um encontro com os alunos do sexto ao nono ano sobre a importância do combate à violência doméstica e da desconstrução da cultura machista na sociedade.
O evento foi conduzido pela assistente social da Secretaria da Mulher, Lídia Lopes, que abordou a Lei Maria da Penha e os direitos humanos no contexto da violência doméstica. “O direito de ir e vir, por exemplo, é um dos primeiros direitos a serem violados em mulheres que vivem em situação de violência”, explicou.
Entre exemplos citados pela assistente social, o tratamento da mulher no Código Civil de 1916, o qual autorizava maridos a castigarem esposas, foi apresentado para entender a necessidade da criação de leis específicas que combatam a violência contra mulher. “É importante a gente fazer esse recorte histórico para entendermos porque as mulheres tiveram que lutar tanto para garantir direitos que são universais.”
Outra ênfase dita aos adolescentes foi sobre o machismo, uma noção dominante na sociedade hoje. “Vocês, enquanto adolescentes, podem evitar a violência contra a mulher. Perceber se uma amiga está sendo controlada ou se ela começa a se culpar pela relação abusiva. Vocês devem, sim, interferir, entender e conversar para ajudar uma pessoa que possa estar sofrendo com um relacionamento tóxico.”
Gabriel Lorenzo Arruda Campos, 16 anos, do nono ano, pôde entender mais o quanto as desigualdades entre homens e mulheres impactam na sociedade. “Não sabia que a violação patrimonial era uma violência. O machismo é coisa do século passado e a desconstrução do machismo é muito importante, acho que machismo é contagioso, tóxico, causa muitas mortes e afeta também aos homens.”
De acordo com a orientadora educacional Eliana Kishima, o tema abordado foi ao encontro da proposta pedagógica de tratar assuntos que muitos alunos enfrentam, muitas vezes dentro de suas próprias casas. A ideia é debater em sala de aula e assim encontrar um espaço para falar mais sobre o assunto.
Fonte: Secretaria de Comunicação