01 de Outubro - Uma equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Raquel Sandrini Ruela, do Jardim Maria Helena, esteve na Emef Suzete da Costa e Silva Mariano, que fica no mesmo bairro, realizando um grande evento alusivo à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. O encontro aconteceu na quarta-feira (25 de setembro).
Na ocasião, os profissionais falaram com adolescentes dos últimos anos do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio, faixa etária que, segundo os índices, tem preocupado os profissionais da saúde mental devido ao número de suicídios, tentativas de atentados contra a vida e automutilações.
A palestra abordou temas como o significado da campanha, sinais de alerta para identificar pessoas que estejam com intenção de suicídio, os perigos do bullying e os locais onde buscar ajuda na rede de saúde pública.
A escola foi toda decorada com as cores da campanha, cartazes mostrando as estatísticas de suicídio e mensagens de encorajamento na busca por ajuda. Tudo que foi dito e exposto pelas equipes levou a um forte engajamento dos jovens, que se emocionaram. Alguns até pediram para falar a todos, contando experiências pessoais e transmitindo força aos colegas. Houve também um concurso de frases motivacionais entre os alunos, das quais foram selecionadas quatro melhores.
Convencidos de que falar sobre o assunto é o primeiro e mais importante passo, ao menos 14 jovens buscaram os profissionais ao final do encontro em busca de ajuda.
“Nós, funcionários da UBS e a diretoria da escola Suzete, ficamos impactados com a devolutiva dos alunos mediante a nossa ação. Foram realizadas duas palestras e ao término já houve procura dos alunos que se encontram nesta situação. A psicóloga fez durante duas horas atendimento individualizado na própria quadra da escola. Mediante isso já se criou um grupo de 14 jovens que buscaram ajuda imediata”, revela a técnica de enfermagem Luciana Santos.
A enfermeira Marcia Ramos de Souza reforça as palavras da colega. “Atualmente, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Tendo em vista o aumento de casos nos últimos anos entre crianças, adolescentes e jovens adultos percebemos a necessidade de tratarmos desse assunto na escola. A experiência foi muito impactante tanto para os alunos quanto para os profissionais envolvidos, pois pudemos sentir naquele momento o quanto essa geração pede socorro”, frisa.
Dando continuidade a esse amparo, foi disponibilizada na escola uma caixa para que os alunos possam escrever o que sentem e pedir ajuda quando necessário.
Fonte: Secretaria de Comunicação